terça-feira, 10 de janeiro de 2012

GOVERNO CRIA FORÇA-TAREFA PARA PREVENÇÃO DE DESASTRES NATURAIS

Governo decide criar força-tarefa para prevenção de desastres naturais


Governo decide criar força-tarefa para prevenção de desastres naturais


Ficou decidida a criação de uma força nacional. Ao todo, 50 especialistas em solo e água vão analisar a situação em regiões de alto risco.
Depois de tantas tragédias, o governo decidiu criar uma força nacional contra desastres naturais. Trata-se de um pacote de ações e de medidas. Enfim, é remediar o que não foi prevenido e o que o governo, mais uma vez, não conseguiu prevenir. Depois da tragédia, das mortes e da catástrofe anunciada, uma força-tarefa vai atuar nas áreas atingidas pelas chuvas.
As chuvas já danificaram 37 trechos de rodovias federais em cinco estados. Alguns estão intransitáveis. Em Minas Gerais, no município de Além Paraíba, há problemas na BR-393 e em Rosário de Limeiras, na BR-356. No Espírito Santo, o problema é na BR-259, em Colatina. O tráfego está interrompido também no Rio de Janeiro, em Campos e na altura de Três Vendas, na BR-356.

Esse foi parte do balanço apresentado à presidente Dilma Rousseff, que ouviu relatos de seis ministros. Já são dois milhões e meio de pessoas afetadas pelas chuvas. Ficou decidida a criação de uma força nacional. Ao todo, 50 especialistas em solo e água vão analisar a situação em regiões de alto risco.
A ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, negou que o governo esteja atuando tarde. “Desde o ano passado, há quatro ou cinco meses, o Ministério da Integração tem trabalhado junto com o Ministério de Ciência e Tecnologia na área de prevenção. Agora a presidente determinou uma mobilização muito forte do governo para a gente atender a essas situações”, declarou.

O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, conduziu a entrevista logo depois de se encontrar com a presidente Dilma Rousseff. Mesmo com as denúncias de ter favorecido seu estado, Pernambuco, com mais recursos, o ministro se mostrou confiante. “Eu posso dizer que, se não contasse com a confiança e o apoio da presidente Dilma, eu não estaria nessa solenidade”, afirmou.

Sobre investimentos em obras de prevenção, o ministro da Integração Nacional passou a bola para o Ministério das Cidades. “No início do ano passado, após os episódios na Região Serrana, a presidente autorizou a abertura de investimentos no âmbito do PAC de R$ 11 bilhões para ações na área de macrodrenagem e para ações de proteção de morros e reforços de encostas. A seleção dos projetos está se processando no âmbito do Ministério das Cidades”, alegou o ministro Fernando Bezerra.

O dinheiro foi previsto para o período de 2011 a 2014. No ano passado, nada foi pago. Projetos para obras de drenagem só foram selecionados em novembro, todos para Região Serrana do Rio, mas nenhum para agora.

“Raramente uma obra de drenagem de envergadura dura menos do que 12 meses. Na média, as obras que nós aprovamos demoram na média entre 24 e 36 meses para serem executadas”, informa Manoel Renato Machado Filho, diretor de Desenvolvimento e Cooperação Técnica do Ministério das Cidades.

No momento, segundo o Ministério das Cidades, existem 273 obras de drenagem, número pequeno para contenção de enchentes. “Sem dúvida nenhuma, o que o país precisa é muito maior do que isso. O que nós estamos fazendo é uma intervenção ainda inicial perto da magnitude do problema”, acrescentou Manoel Renato Machado Filho, do Ministério das Cidades.

O ministro Fernando Bezerra pediu novamente para ir ao Congresso para esclarecer as denúncias, segundo ele não comprovadas, de que teria favorecido Pernambuco na liberação de recursos para obras.


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