segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Maior desmate da Amazônia é para virar pasto

Levantamento foi feito pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)



Mais de 60% da área já desmatada na Amazônia foram transformados em pastos. A conclusão está em um levantamento divulgado hoje (2) e que, pela primeira vez, mapeou o uso das áreas desmatadas do bioma e mostrou o que foi feito com os 720 mil quilômetros quadrados de florestas derrubados até 2008 – uma área equivalente ao tamanho do Uruguai. A maior parte foi convertida para a pecuária. 



O levantamento, feito pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), dividiu a área desmatada em dez classes de uso, que incluem pecuária, agricultura, mineração, áreas de vegetação secundária, ocupações urbanas e outros. 



A pecuária ocupa 62,1% de tudo o que foi desmatado no bioma, com pastos limpos – onde houve investimento para limpar e utilizar a área –, mas também com pastagens degradadas ou abandonadas. Na avaliação do diretor do Inpe, Gilberto Câmara, o número confirma a baixa produtividade da pecuária na região e que o desmatamento não gerou necessariamente desenvolvimento econômico. 

“Mostra que a pecuária ainda hoje é extensiva e precisa de politicas públicas para se intensificar e usar a terra que foi roubada da natureza. Não é, nem do ponto de vista econômico, um uso nobre das áreas. Não fizemos da floresta o uso mais produtivo possível, que seria a agricultura.” 

A produção agrícola ocupa cerca de 5% da área total desmatada na Amazônia. Apenas em Mato Grosso a agricultura representa um percentual significativo do uso das áreas que eram ocupadas originalmente por florestas. 

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse que a baixa participação da agricultura na ocupação das áreas desmatadas contrapõe o argumento de defensores de mudanças no Código Florestal, de que é preciso flexibilizar a lei para viabilizar a produção agrícola no país. 

“Temos que eliminar da agenda falsas ideias, falsas colocações de que o meio ambiente impede o desenvolvimento da agricultura. Está provado que a agricultura anual, consolidada, não é a responsável pelo uso das terras desmatadas da Amazônia. É preciso aumentar a produtividade, menos de uma cabeça por hectare é algo inaceitável, é um desperdício substituir a floresta por algo que não dá retorno para o país”, avaliou. 

Para o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aloizio Mercadante, os novos dados poderão dar mais racionalidade ao debate sobre o Código Florestal no Senado. “Espero que essa racionalidade ilumine o Congresso, para que o debate se ancore mais nos dados para chegar ao equilíbrio entre potencial produtivo e preservação. O Brasil não tem porque flexibilizar o desmatamento, não tem razão nenhuma para desmatar, já temos área suficiente para aumentarmos a produção.” 

Em 21% da área desflorestada, o Inpe e a Emprapa registraram vegetação secundária, áreas que se encontram em processo de regeneração avançado ou que tiveram florestas plantadas com espécies exóticas. Essas áreas, segundo Gilberto Câmara, do Inpe, poderão representar oportunidades de ganhos para o Brasil na negociação internacional sobre mudanças climáticas, porque funcionam como absorvedoras de dióxido de carbono, principal gás de efeito estufa.

PASTO É O PRINCIPAL MOTIVO DO DESMATE

As pastagens predominam em 62% das áreas desflorestadas no Estado do Pará (o mesmo percentual da Amazônia). As áreas de floresta do Estado estão em torno de 888 mil quilômetros quadrados, correspondendo a cerca de 70% da área total. Do total de áreas mapeadas como mineração na Amazônia, quase a metade delas encontra-se no Pará. No Amazonas, está a maior área, proporcional e em número absolutos, de floresta amazônica.

Esse dados inéditos sobre o uso e cobertura da terra nas áreas desflorestadas da Amazônia Legal constam do projeto TerraClass Amazônia, da Embrapa Amazônia Oriental e Embrapa Informática Agropecuária (Campinas, SP), em conjunto com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – Centro Regional da Amazônia/Inpe. Os resultados do projeto, referentes ao ano de 2008, foram apresentados, ontem de manhã, no auditório do Inpe Amazônia.

O TerraClass “é uma página virada em toda a história do monitoramento da ocupação da Amazônia”, afirmou o chefe da Embrapa Amazônia Oriental, Cláudio Carvalho. Ele disse que, com a qualificação, acaba o ”maniqueísmo” dos dados do Prodes/Inpe (Monitoramento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite), que mostra somente o que foi desmatado ou não.

A qualificação dos dados mostra que, dos 719 mil km2 de áreas desflorestadas na Amazônia até 2008, a cobertura de maior abrangência está associada às áreas de pastagem, totalizando aproximadamente 447 mil km2, distribuídos em 335 mil km2 de pasto limpo, 63 mil km2 de pasto sujo e 48 mil km2 de regeneração com pasto, além de 594 km2 de pasto com solo exposto. As áreas de agricultura anual totalizaram 35 mil km2 e as áreas de vegetação secundária totalizaram 151 mil km2.

Esses dados dão uma ideia de como o desmatamento está sendo feito e permitem “planejar e orientar as políticas públicas de ocupação da Amazônia”, destaca Carvalho. Isso, segundo ele, deve resultar em um aumento da produtividade, melhoramento genético e melhor manejo do solo.

Os dados são públicos e ficarão à disposição de qualquer pessoa nos sites da Embrapa e do Inpe, com números e mapas digitais detalhados, permitindo a avaliação do uso da terra em nível regional, estadual e municipal.

(Diário do Pará)


quinta-feira, 17 de novembro de 2011

S.O.S - CÓDIGO FLORESTAL - DIA DE VOTAÇÃO OU DIA DA VERGONHA


      Hoje foi um dia de vergonha para nosso Brasil, após 2 dias de adiamento da votação do novo código Florestal, onde ficou determinado para o dia de hoje 11 de maio de 2011 às 9:00 - onde seria colocado para apreciação dos Deputados Federais o Relatório Final do relator Deputado Federal Aldo Rebelo, aberta a sessão as 9:00 ficou mais de 12 horas ficaram discutindo por horas a posição de cada deputado em relação ao novo código florestal, mas chegou somente as 22:00 aproximadamente o relatório final para a discussão e votação, ou seja, passou o dia discutindo o que? se o relatório só foi apresentado a noite!
     O próprio relator sugeriu que fosse adiado o dia da votação, o deputado Federal Vaccarezza líder do governo solicitou a transferência da votação para a próxima terça feira, favorecendo maior prazo para discussão do novo código florestal, que seria justíssimo, pois tal tema não entra em consenso, mas os ruralistas querem a votação hoje as pressas, sem discussão. Pior é o deputado ACM Neto  discursa a favor da votação para hoje as pressas, qual o interesse dele? 
        Pensem e reflitam os deputados que votarem a favor desse novo Código Florestal, e reiterarem que devem votar hoje as pressas na calada da noite, pensem qual o motivo da pressa?
          Fiquei preocupado com a posição do Governo Federal, mas me tranqüilizei em ver o líder do governo pedindo maior prazo o para se discutir o tema e pedindo a posição dos deputados para que a votação seja transferida para próxima terça feira.
            O Deputado Paulo Teixeira diz que o motivo que solicitaram a transferência da data, pois um relatório foi apresentado as 21:00 e agora chega a mãos um novo texto com o conteúdo contrario do que haviam sido combinado para isso deveriam ser analisados o porque isso ocorreu, e pede ao presidente da Câmara que adie a votação, para que possa ser analisado e debatido.
             Por que alguns deputados querem votar agora na calada da noite? pensem !!! 

SALVEM O CÓDIGO FLORESTAL E NOSSO BRASIL

   Vejam esse vídeo e reflitam o que ocorrerá se colocarmos esse Novo Código Florestal em uso, parece que é só uma questão ambiental, mas não é só uma votação mas pode causar uma destruição geral ao nosso ecossistema e meio ambiente.


NOVO CODIGO FLORESTAL X SUSTENTABILIDADE


Depois de um dia conturbado onde abre-se uma sessão plenária para a discussão do novo Código Florestal, e a base dessa discussão seria o relatório final feito pelo relator Deputado Federal Aldo Rebelo, as 9:00 da manhã inicia-se a sessão, a única coisa que ninguém imaginaria que o relatório não estava presente, então o que pretendia se discutir? Até quando assuntos de tremenda importância serão tratados dessa maneira, temos que pensar que não é um questão ambiental ou rural, qualquer coisa que for decidida neste novo código poderá causar conseqüências irreversíveis a população brasileira, ao meio ambiente.

Um grande exemplo foi o que aconteceu na região Serrana do Rio de Janeiro, onde toneladas de rochas e terra deslocaram das encostas em direção ao vale onde encontrava se área habitada onde centenas de pessoas vieram a óbito. Isso porque o código Florestal em vigor foi desrespeitado, imagina com as alterações do novo Código Florestal,será permitido o uso dessas áreas de APP ( Áreas de Protecção Permanentes). logo desastres como do Rio de Janeiro tenderam a repetir.

Outra consequência será o desmatamento, em áreas de florestas, hoje reduzimos nossa mata atlântica originalmente percorria o litoral brasileiro de ponta a ponta. Estendia-se do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul, e ocupava uma área de 1,3 milhão de quilómetros quadrados. Tratava-se da segunda maior floresta tropical húmida do Brasil, só comparável à Floresta Amazónica. o que restou dela? o parque da Serra do Mar no Estado de São Paulo e alguns parques Estaduais em outros Estados. Tiveram que ser desapropriados os proprietários dessas áreas para evitar a extinção total da Mata Atlântica. Será que é isso que nós queremos para nosso futuro?

O Mesmo que ocorreu na Mata Atlântica vem ocorrendo na Floresta Amazónica, dizem que é para o desenvolvimento do nosso país e para que possamos produzir mais, como economista analisando a situação tenho que concordar com a Miriam Leitão comentarista económica do Jornal da Globo, ela diz que os ruralistas estão brigando com o inimigo errado, o real motivo do alto preço dos alimentos são ocasionado pela infraestrutura  baixa, para se escoar a produção dependemos quase 95% de transporte rodoviário, que depende do preço do combustível e das condições das estradas.

Outro motivo que provoca a alta dos preços dos alimentos são os efeitos do provocados pelo famoso eleito estufa, que provoca aquecimento global, esse efeito provoca alteração climática, ocasionando fortes chuvas, estiagem entre outros problemas climáticos, logo altamente responsáveis pela quebra de safras. O desmatamento é o principal causador do efeito estufa, com o novo código áreas protegidas seriam anistiadas e autorizando desmatamento em pequenas áreas, como os proprietários são criativos, poderão dividir suas propriedades em pequenas propriedades para assim poder desmatar como na foto ao lado.   Agora imaginem que os grandes produtores e ruralistas, conseguiram tirar o poder do IBAMA  de fiscalizar crimes ambientais, o STJ passou para os Estados a função de fiscalização e agora querem um novo código que os favoreçam, onde podemos chegar? 

O que temos que brigar é um Novo Código Florestal que proteja nosso país e nosso ecossistema ( envolve fauna e flora de uma determinada área), para que nosso filhos e neto possam viver !

Assim era o integra do código Florestal, se fosse aprovado seria um desastre ambiental, homologado pelo legislativo. Por isso que sempre digo, a importância de escolher o legislativo é muito mais importante que a escolha dos cargos de Presidente, Governados e Prefeito, pois o legislativo fazem as leis que seremos obrigados a seguir, se escolhemos mal,acontecerá o que aconteceu ontem uma sessão de 12 horas sem relatório, que só apareceu em plenários as 21 horas, você lembra em quem votou para deputado federal? deputado estadual? vereador? se sim quantas vezes você visitou ou acompanhou o que esta fazendo para nosso bem? 

O novo código pode ficar assim se fizermos pressão, através das redes sociais, não podemos ficar de fora olhando, culpando alguém e reclamando, assuma uma posição e venha conosco nessa luta.



VENHAM SE MANIFESTEM PENSEM E REFLITAM, AJA EXERÇA SUA CIDADANIA




quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Discussão sobre o Novo Código Florestal


Discussão sobre o Novo Código Florestal

Discussão sobre o Novo Código Florestal

Muitos de vocês devem estar escutando as diversas manifestações contra e a favor do novo código Florestal, para que possam entender a duas correntes que brigam por este código.
Uma das correntes é os ruralistas, dizem que nosso país possui aproximadamente 60% do nosso território nacional é compreendido por florestas, logo, falta espaço para a produção de alimentos, onde poderíamos produzir mais, e que o código florestal antigo o que está em vigor proíbe o desmatamento de áreas para a produção.

Com o novo código os pequenos proprietários poderiam eliminar sua reserva legal, aquelas áreas de floresta nativa que era obrigado a manter em sua propriedade. Isso faria que os grandes proprietários dividissem suas propriedades em várias pequenas propriedades assim sendo poderiam desmatar grandes áreas.
Mas pensemos, se o problema é terra para a produção, por que ainda o Brasil tem a pecuária de pasto? Grandes propriedades onde o gado é criado solto e esperam-se em média 2,5 anos para atingir o peso de abate. Hoje o muito inteiro produz gado de abate em regime semi confinado e confinado, percebeu que quanto mais o animal se desloca mais ele demora a engordar, logo este padrão de pecuárias esta errado.
Grandes áreas de florestas, foram e estão sendo devastadas para a criação de gado, é mesmo necessárias?

Em relação, a produção de alimentos, o que realmente falta é infra-estrutura para escoar a produção, ou seja, hoje os produtores rurais sofrem com as estradas em péssima condição de conservação e a falta delas, então o problema para aumentar a produção agrícola é melhor as condições das estradas, ferrovias e hidrovias para que a produção seja escoada e assim aumente mais a produção Brasileira com querem os ruralistas.
A outra corrente é dos ambientalistas, já cheguei escutar cada barbárie, dizendo que ONGs internacionais de Países imperialistas estariam querendo dominar nosso país, que coitados dos pequenos produtores que estão na ilegalidade à anos, necessitariam de anistia, dentre outras loucuras, mas não é bem assim.
Vamos começar com os pequenos produtores que estão na ilegalidade, por que estão nessa situação? O Atual código é de 1965, quer dizer que sabiam que estavam fazendo era ilegal e agora vamos dar anistia a eles?
Assim sendo pelo princípio da isonomia da constituição federal, que diz ; todos somos iguais perante a lei, significa dizer que um agricultor que cometeu um crime pode ser anistiado um sonegador, assassino, corrupto dentre outro tem o mesmo direito.
Ah! Mas é diferente ! Onde é diferente as pessoas que desmataram e construíram nas áreas de encosta da região Serrana do Rio de Janeiro, são culpados pela diversas mortes ocorridas no começo do ano, pois o código atual, proíbe a construção e m áreas de encosta, que no Novo Código Floresta será permitido, logo veremos diversos acidentes como este do Rio de Janeiro.
Outro ponto é a redução a APP – Áreas de Proteção Permanente, nas regiões de encosta e margens de Rios, agora você imagina que com os atuais 30m de proteção muitos rios estão secando e outros essas área já foi invadida, e o novo Código prevê redução desta área pela metade.

Anistia tem que ser dada a quem não comete crime, se esses pequenos agricultores estão ilegais significa que infringiram a lei, deveram responder por esse crime.
Avalie e veja o que você pode fazer para evitar que sejamos vítimas de grupos que pensam somente no presente e em dinheiro, mande e-mail as Senadores Federais dizendo da sua indignação, entre nessa corrente salve as florestas.
ALESSANDRO LUIZ OLIVEIRA AZZONI
ECONOMISTA
CONSELHEIRO ELEITO CADES VL MARIANA
CONSELHEIRO DA ACSP DISTRITAL SUDESTE
COORDENADOR DA COMISSÃO SOCIO-AMBIENTAL
Da ACSP – DISTRATAL SUDESTE
FACEBOOK : a-azzoni@hotmail.com
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                                                       BLOG:http://www.alessandroazzoni.com