quinta-feira, 11 de agosto de 2011

AUDIÊNCIA PUBLICA NA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DISTRITAL SUDESTE


Audiência frustra o público

Hassan Barakat, Aurélio Nomura, Alexandre Azoni e coronel Adilson Alves de Moraes na mesa principal
A audiência pública sobre as obras intermináveis das avenidas Doutor Ricardo Jafet e Professor Abraão de Morais decepcionou os moradores presentes ao auditório da Associação Comercial de São Paulo – Distrital Sudeste na noite de quarta-feira, dia 29 de julho. Convocada pelo vereador Aurélio Nomura (PV) a pedido da Distrital Sudeste, a reunião foi marcada mais pelas ausências do que presença dos representantes do Poder Público.
Dos convidados, apenas o engenheiro do Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), Hassan M. Barakat, e o coronel Adilson Alves de Moraes, representante do subprefeito de Vila Mariana, compareceram. O superintendente regional da Sabesp, Francisco Paracampos; o engenheiro da Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras (Siurb) da Prefeitura, Pedro Algodoal; e o secretário Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras Elton Santa Fé simplesmente não deram as caras e tampouco enviaram representantes.

Desrespeito aos cidadãos
Para o vereador, a atitude dos convidados foi um acinte aos presentes. “Vamos entrar em contato com eles e tentar agendar uma nova audiência pública. Se for necessário, vamos convocá-los, pois eles são imprescindíveis para a discussão do tema”, afirmou.
Nomura abriu a audiência explicando que as obras do córrego Ipiranga e das avenidas Ricardo Jafet e Abrão de Morais são as mais antigas da cidade. “Precisamos exigir um cronograma da Prefeitura e da Sabesp, pois já se vão 25 anos que o trabalho começou e não temos nenhuma previsão de seu término”, afirmou, para em seguida passar a palavra para o engenheiro do CGE.
Segundo Hassan, o trabalho do Centro é de prevenir e gerenciar alagamentos e transbordamentos na cidade. Para ele, os paulistanos precisam aprender a conviver com os alagamentos, mas cobrando do poder público a minimização destes problemas.
Hassan diz que em 2001 estudos já indicavam 70% de impermeabilização da cidade. “Depois, veio o boom imobiliário e a situação piorou, mas percebemos que os transbordamentos do córrego Ipiranga diminuíram”, afirmou.

Sem respostas
Essa informação foi contestada pelo público. Sérgio Nascimento, morador da Rua Tristão Mariano, no Bosque da Saúde, informou que sempre acompanha o site do CGE e que mesmo quando havia enchente no local o site não acusava. “Recebemos as informações dos marronzinhos (guardas de trânsito)”, rebateu Hassan.
Nascimento acrescentou que o leito do córrego foi estreitado para 1,5 metros de largura naquele ponto. “Em conversa informal com meus colegas da Siurb, eles me informaram que reconheceram este estrangulamento e ele está sendo tratado como prioridade na Secretaria”, informou Hassan.
Outro questionamento foi sobre as obras da Sabesp, que ocupam praticamente toda a extensão das duas avenidas e também parecem intermináveis. Sérgio Irasaki, representante da Tsusho, revendedora Toyota, diz que o afunilamento das vias tem causado muitos acidentes, pois mal você desvia de um obstáculo encontra outro na frente. “Recentemente, tivemos de atender uma mulher que bateu seu carro no concreto em frente de nossa empresa”, contou.
Alexandre Azoni, da Associação Comercial, disse que a entidade está à disposição para a nova audiência pública, desta vez com a presença daqueles que podem efetivamente apresentar uma solução para este problema que se arrasta há mais de duas décadas.

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